terça-feira, 25 de abril de 2017

Refrigerante diet pode aumentar risco de AVC e demência

Pessoas que ingerem bebidas e refrigerantes diet diariamente são mais propensas a sofrer acidente vascular cerebral (AVC) ou desenvolver demência (como o Alzheimer). 

De acordo com estudo realizado pela Universidade de Boston e publicado recentemente na revista científica Stroke, a ingestão de apenas uma lata da bebida adocicada artificialmente por dia pode corresponder a um aumento de quase três vezes na propensão de desenvolver os problemas.

A pesquisa coletou dados de mais de 4.000 pessoas, divididas em dois grupos, por mais de 10 anos. O primeiro time era composto por 2.888 pessoas com mais de 45 anos (que foram estudadas para o caso do desenvolvimento de AVC), e o segundo contava com 1484 pessoas acima de 60 anos (estudadas para o risco de demência). As informações foram obtidas por meio de questionários feitos pelo projeto Framingham Heart Study (FHS), da própria universidade.

O estudo, liderado por Matthew Pase, do departamento de neurologia da Boston University School of Medicine e pesquisador do FHS, investigou a quantidade de bebidas diet e normal ingerida por cada participante entre 1991 e 2001. Esses dados foram comparados com o número de pessoas que, no mesmo período, sofreu algum derrame ou apresentou demência. O pesquisador encontrou foi que, neste intervalo, houve 97 casos de AVC e outros 81 de demência.


“É importante mencionar que ainda é prematuro afirmar, apenas com base em nossos estudos, que existe uma relação de causa e efeito entre a ingestão dessas bebidas e o desenvolvimento de AVC ou demência. De qualquer forma, nós aconselhamos as pessoas a serem mais cautelosas com o consumo destas bebidas”, afirma Pase. Ainda segundo o pesquisador, mais investigações são necessárias para delinear quais são os efeitos das bebidas adocicadas artificialmente no cérebro.

Fonte: Veja.com

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Por que comer mais gordura é mais prejudicial para os homens do que para as mulheres?

Estudo revelou que piora significativa na capacidade dos homens de eliminar açúcar do sangue pode levar à diabetes

As gorduras são essenciais em nossa dieta e especialistas recomendam que elas respondam por 20% a 30% das calorias que consumimos diariamente.

Mesmo assim, é de conhecimento geral que comer muita gordura pode ser prejudicial para a saúde.
Mas você sabia que o impacto em seu corpo vai depender se você for homem ou mulher?

Essa é a conclusão de um estudo recente que acompanhou vários indivíduos de ambos os sexos. Durante uma semana, os participantes consumiram em excesso alimentos com alto nível de gordura tipo Omega-6, como salsichas e salgados.

Os pesquisadores também analisaram como a ingestão afetou a capacidade deles de controlar o nível de açúcar no sangue.

A médica Zoe Williams decidiu se submeter ao experimento para a BBC. Ela pediu ao responsável pelo estudo, Matt Cocks, da Universidade Moores em Liverpool, no Reino Unido, que não só repetisse os testes com ela, como participasse deles.

Antes de começar, foram medidos os níveis de gordura e de açúcar no sangue dos dois. Zoe e Cocks também precisaram carregar monitores portáteis de glicose, para registrar a evolução do nível de açúçar no sangue durante a semana em que a pesquisa foi realizada.

Além disso, eles tiveram de comer 50% a mais de gordura do que o normal, da seguinte forma:

Açúcar no sangue

Além da variação de peso, os monitores de glicose mostravam se a dieta estava afetando a capacidade de ambos para eliminar açúcar do sangue. Para Zoe, não houve qualquer problema. Mas para Matt a capacidade para eliminar o açúcar piorou em 50%.

O resultado do estudo conduzido pelo especialista com outros participantes havia sido semelhante, e, em média, a capacidade para metabolizar o açúcar nos homens que se submeteram à dieta rica em gordura piorou 14%. "Um dos primeiros passos rumo à diabetes tipo 2 é a deterioração do controle da glicose", explica o médico após o experimento.

"No meu caso, piorou seriamente a capacidade para controlar o nível de açúcar e, se eu tivesse continuado assim por um tempo prolongado, provavelmente teria desenvolvido diabetes tipo 2", reconhece. O experimento ajuda a entender por que esse tipo de diabetes afeta mais homens do que mulheres.

A dieta submetida por Zoe e por Cocks foi extrema, mas as mesmas consequências - embora em menor grau - podem ser sentidas por pessoas que consomem muita gordura regularmente, sobretudo homens.

Diante disso, o que devemos fazer?

A melhor recomendação é ter uma dieta balanceada, aliada, se possível, à prática de exercícios físicos. "Se você come e depois faz exercício, vai começar a queimar o que ingeriu", explica Cocks.

"Dessa forma, se seu almoço for rico em açúcares e gorduras, você pode contrabalancear seus efeitos negativos com uma leve caminhada depois", completa.

Fonte: Portal G1

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Alimentação saudável garante o bom funcionamento do organismo




Para seguir uma dieta saudável é preciso evitar o consumo de certos alimentos que podem ser prejudiciais e abastecer diariamente o organismo com quantidades adequadas de nutrientes, como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e fibras.
 
A nutricionista do Hospital Samel, Katiucia Naiara Rosas, informa que “não é apenas a quantidade de comida consumida que engorda, mas, principalmente, a sua qualidade. Enquanto um grama de carboidrato ou um grama de proteína produzem quatro calorias, a mesma quantidade de gordura produz nove calorias, mais que o dobro”.

Com atitudes realistas e respeitando os padrões culturais e preferências individuais, é possível eliminar maus hábitos, ajustar a quantidade e melhorar a qualidade da alimentação. “Isso se chama reeducação alimentar”, ressalta a nutricionista.

Atenção às calorias

Para manter uma alimentação saudável, a nutricionista Katiucia Naiara deu algumas dicas. Confira:

É preciso ter cuidado com o consumo de maionese, manteiga, creme de leite, chantilly, frituras, embutidos, frios, carnes gordas e molhos e doces gordurosos.

Katiucia Naiara Rosas
Nutricionista do Hospital Samel







“Coma mais vezes por dia, ingerindo menor quantidade de alimentos em cada refeição”. Segundo Katiucia, o ideal é fazer entre 5 ou 6 refeições diárias.

Antes do almoço e do jantar, experimente comer uma fruta. “Este procedimento ajuda a moderar o apetite, fazendo com que comamos menos durante as refeições”.

Mastigue bem os alimentos e aprenda a saboreá-los. “A mastigação estimula o centro da saciedade localizado no cérebro, promovendo uma sensação de satisfação. Mas isso leva de 20 a 30 minutos para ocorrer”. Portanto, evite comer muito rápido, para não continuar sentindo fome.

Inicie o almoço e o jantar com a salada, pois as fibras presentes nas verduras e legumes propiciam a saciedade, ajudando-nos a controlar o consumo dos pratos quentes, normalmente mais calóricos.

Beba bastante água durante o dia: de 6 a 8 copos. “Além de ser muito importante para a hidratação, a água contribui para a eliminação das toxinas, por meio de um bom funcionamento renal e intestinal”.

Cuidado com a falsa ideia de que alimento sem colesterol é também alimento sem gordura. E lembre-se que qualquer gordura fornece 9 calorias por grama. Portanto, até excelentes fontes de gordura, como o azeite de oliva, por exemplo, devem ser consumidas com moderação.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Obesidade Infantil

Antigamente, uma criança “gordinha” era sinônimo de criança saudável. Hoje, a realidade é outra. A obesidade infantil, assim como a adulta, é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas não só no Brasil, como em todo o mundo.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47,6% das crianças com idade entre 5 a 9 anos tem obesidade ou sobrepeso. Na faixa etária de 10 a 19 anos, uma em quatro (26,45) está acima do peso. Vários são os vilões da obesidade, mas a alimentação inadequada e o sedentarismo são as principais causas e menos de 5% dos eventos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, se deve a doenças endocrinológicas.

A nutricionista do Hospital Samel, Janice Petillo, informa que o excesso de peso pode provocar o surgimento de várias doenças, como problemas cardíacos e diabetes, além da má formação de esqueletos.



Fatores de riscos

Alguns fatores podem elevar o risco de obesidade infantil, como uma dieta desequilibrada, rica em alimentos industrializados e fast foods, refrigerantes, frituras e doces; o sedentarismo, uma vez que a atividade física ajuda a queimar as calorias ingeridas; o histórico familiar de obesidade, visto que a doença tem influência genética e os maus hábitos alimentares podem ser ensinados de pai para filho; e fatores psicológicos, como estresse ou tédio, que podem fazer as crianças comerem mais que o normal.

Possíveis complicações

A obesidade infantil aumenta o risco de uma série de condições, incluído colesterol alto, hipertensão, doenças cardíacas precoce, diabetes tipo 2, problemas ósseos, síndrome metabólica, distúrbios do sono, depressão, asma e outras doenças respiratórias, além de baixa autoestima e problemas de comportamento.

Tratamento

Janice Petillo
Nutricionista do Hospital Samel
Janice Petillo explica que o tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. “Há varias opções de tratamento para obesidade infantil e sobrepeso. Quanto maior o grau de excesso de peso, maior a gravidade da doença. As crianças devem ser abordadas individualmente e conforme a idade, uma vez que cada uma pode apresentar diferentes fatores que aumentam seu risco para obesidade”.

Para as crianças que estão acima do peso ou com obesidade leve, sem risco de desenvolver outras doenças, pode ser recomendada apenas a manutenção. “O crescimento da criança pode fazer com que ela entre numa faixa de IMC saudável, sem necessariamente precisar emagrecer”, ressalta Janice. Já para crianças com obesidade instalada e risco de desenvolver outras doenças, a perda de peso é recomendada. 

O emagrecimento deve ser lento e constante, e os métodos são os mesmos adotados para adultos, ou seja, manter uma dieta saudável e praticar exercícios. “O sucesso depende em grande parte do seu compromisso de ajudar seu filho ou filha a fazer essas mudanças”. 

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Os benefícios do tucumã

Você já experimentou o tucumã? Fruto de uma palmeira amazônica de polpa fibrosa e grudenta muito popular na Região Norte, o tucumã contém alto valor energético e é muito rico em vitaminas. Mas, será que existe algum tipo de recomendação quanto ao seu consumo? Para esclarecer essa e outras dúvidas, o Blog Conexão Saúde entrevistou a nutricionista do Hospital Samel, Janice Petillo. Confira!

Qual seria a maneira ideal para consumir o tucumã?

De acordo com a nutricionista Janice, o tucumã pode ser consumido de várias maneiras através da criação de diversas receitas, como risotos, sucos, licores, doces, mouses, sorvetes e sanduíches. 

“Entretanto, o ideal seria o consumo in natura, pois, dessa forma, evita-se a mistura com ingredientes calóricos (açúcares e gorduras), reduzindo, assim, os riscos de desenvolver hiperglicemia (glicose elevada no sangue) e dislipidemias (taxas elevadas de gordura no sangue)”.

Fonte de vitaminas

O tucumã é uma fonte excepcional de vitamina A. Sua polpa tem três vezes mais vitamina A que a cenoura, por exemplo. “A dose de vitamina A é tão alta que apenas um fruto satisfaz as necessidades diárias de adultos e crianças”, ressalta a nutricionista.

“Geralmente, o consumo do fruto é recomendado no tratamento da vista e queda de cabelo, apresentando, também, ótimas quantidades de vitamina B1, vitamina C, fibras, magnésio e zinco, que ajudam na diminuição da queda de cabelo, fortalecimento de unhas fracas e prevenção do câncer”. 

Além disso, o tucumã é uma excelente fonte de calorias (262 Kcal em 100 gramas do fruto fresco), e por ser uma fruta oleaginosa, pode aumentar os níveis de colesterol bom (HDL), que atua retirando as moléculas de gordura do sangue. Porém, mesmo sendo uma fruta rica em vitaminas, o consumo deve ser moderado, principalmente para quem deseja perder peso. “O ideal é consumir apenas duas unidades diárias do fruto”, ressalta Janice.

Cuidados na compra

Em Manaus, é grande o consumo do tucumã. Em cada esquina do Centro da capital amazonense é possível ver alguém vendendo o fruto com casca, descascado, ou somente as lascas empacotadas em pequenos sacos plásticos. Mas, é preciso ter alguns cuidados na hora da compra.

“É importante observar ao comprar o fruto in natura, se ele não está escurecido, batido ou com cortes aparentes que o próprio consumidor faz a fim de verificar se há bastante poupa. Quando for adquirir o fruto na forma de lascas, é muito importante observar sempre as condições de higiene do local, da pessoa que está manipulando o fruto e a aparência do tucumã".

No caso de quem faz o manuseio do fruto, é preciso estar sempre com as mãos limpas, utilizar luvas e, de preferência, estar com os cabelos amarrados e protegidos por touca, sem adornos, além de nunca pegar em dinheiro na hora da manipulação”.